HEPATITE B

O vírus da hepatite B (HBV) causa uma doença de elevada transmissibilidade e impacto em saúde pública.

Aproximadamente um terço da população mundial atual já se expôs ao HBV e estima-se que 240 milhões de pessoas estejam infectadas cronicamente. A infecção é responsável por aproximadamente 780 mil óbitos ao ano no mundo. No período de 1999 a 2000, no Brasil, 254.389 pessoas foram diagnosticadas como HBV. Em Santa Catarina foram diagnosticados 16.404 portadores do HBV entre 2010 e 2020 e 208 óbitos foram atribuídos à infecção no mesmo período.

A transmissão do agente infeccioso pode ocorrer por via parenteral (compartilhamento de agulhas, seringas, material de manicure e pedicure, lâminas de barbear e depilar, tatuagens, piercing, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança) e relações sexuais desprotegidas, sendo esta a via predominante. A transmissão vertical (materno-infantil) também é importante e ocasiona uma evolução desfavorável, com maior chance de cronificação.

A infecção pelo HBV pode causar hepatite aguda ou crônica e, habitualmente, ambas as formas apresentam poucos ou nenhum sintoma característico. Infecções causadas pelo HBV raramente causam icterícia (coloração amarelada na pele e mucosas): menos de um terço dos indivíduos infectados apresentam este sinal clínico. Aproximadamente 5% a 10% dos indivíduos infectados tornam-se portadores crônicos do HBV e cerca de 20% a 25% dos casos crônicos com replicação viral evoluem para doença hepática avançada (cirrose).

A presença de vírus pode ser detectada por testes sorológicos que estão disponíveis no SUS. O acompanhamento da infecção e tratamento antiviral também podem ser realizados na rede pública de saúde.

A hepatite pode ser prevenida através do uso de preservativo e da vacinação. A vacina contra o HBV, que é distribuída pelo Ministério da Saúde, é segura e efetiva e deve ser aplicada em todas as pessoas, independente da idade. Os bebês nascidos de mães portadoras do HBV devem receber, além da vacina, imunoglobulina específica imediatamente após o parto, com o objetivo de reduzir o risco de transmissão vertical.

 

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Documento Base (estadual) que reúne orientações detalhadas de cunho técnico descrevendo ações para o controle de doenças e agravos para o território de abrangência desta Diretoria. Podem conter fluxos, gráficos, figura e/ou tabelas.

PERGUNTAS FREQUENTES

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São doenças silenciosas, causadas por vírus que prejudicam o fígado e podem levar à cirrose e ao câncer. Existem vários tipos de hepatites classificadas por letras do alfabeto: A, B, C, D e E.

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É uma doença causada pelo vírus B (HBV). É considerada uma IST-Infecção sexualmente transmissível.

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A hepatite C é uma doença viral causada pelo vírus C (HCV), que leva à inflamação do fígado. Raramente apresenta sintomas.

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Os testes para hepatites B e C estão disponíveis nos serviços de saúde para todas as pessoas. Se você tem mais de 40 anos, é muito importante fazer o teste da hepatite C. Você pode ter sido exposto a esse vírus na juventude. Solicite os exames e aproveite para fazer os testes de HIV e sífilis.

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Hepatite B: É transmitida pelo sangue e/ou nas relações sexuais sem preservativo. É possível contrair a doença por meio do compartilhamento de objetos como agulhas e seringas, lâminas de barbear, materiais cirúrgicos e odontológicos, materiais de manicure sem adequada esterilização ou por meio de materiais para confecção de tatuagens e colocação de piercings.

Hepatite C: É transmitida pelo sangue, uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas e canudos de inalação e materiais perfurocortantes contaminados. Quem recebeu transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993 deve fazer o teste.

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  • Tosse ou espirros;
  • Beijos ou abraços;
  • Alimentos ou água;
  • Contato casual (como no ambiente do escritório);
  • Compartilhamento de utensílios para comer ou beber.
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Por se tratar de uma doença silenciosa, ou seja, que não apresenta sintomas, o diagnóstico precoce é importante para que você possa ser avaliado quanto à presença de doença hepática. Sabendo se é portador, o indivíduo poderá:

  • Obter o tratamento, caso indicado;
  • Aprender como pode proteger seu fígado de danos adicionais;
  • Aprender como pode impedir a transmissão da doença.
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Hepatite B:

  • Tome as três doses da vacina contra hepatite B;
  • Use sempre camisinha e não compartilhe material de uso pessoal como: alicates de cutícula, lâminas de barbear/depilar e escovas de dente;
  • Tenha seu próprio kit de manicure (tesoura, alicate, espátula, lixa, etc);
  • Exija que todo material de tatuagem seja descartável.

Hepatite C:

  • Use preservativo em todas as relações sexuais;
  • Não compartilhe seringas, agulhas, escovas de dente e lâminas de barbear /depilar;
  • Tenha seu próprio kit de manicure (tesoura, alicate, espátula, lixa, etc);
  • Exija que todo material de tatuagem seja descartável.
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Todas as gestantes devem realizar exame para hepatite B, pois, caso a mãe seja portadora, o recém-nascido deve receber a profilaxia (vacina e imunoglobulina anti-hepatite B), evitando que o bebê seja infectado.

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Todo recém-nascido de mãe portadora de hepatite B deve receber imunoglobulina específica e vacina para hepatite B imediatamente após o parto. A vacina deve ser repetida entre 9 e 15 meses de idade, para ter certeza de que os bebês estão protegidos. O bebê deve ser acompanhado pelo serviço de saúde até os 15 meses de vida para certificar que não houve transmissão.

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Você poderá amamentar somente se o bebê tomar a vacina e a imunoglobulina específica para hepatite B logo após o nascimento. Porém, a amamentação não está recomendada para mães coinfectadas com HIV e hepatite B. Para mães portadoras de hepatite C, a amamentação não é restritiva, desde que não haja sangramentos e fissura mamária. Caso haja, deve-se suspender a amamentação e substituir provisoriamente pela fórmula infantil (leite) até que o mamilo se recupere das lesões.

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As hepatites B e C têm tratamento gratuito no SUS.

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O sexo desprotegido também pode transmitir as hepatites B e C. Se você não se protegeu durante as relações sexuais, procure um serviço de saúde para receber orientações e realizar testes das hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis.

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