A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância de manter em dia a vacinação de crianças contra a meningite. As vacinas estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde de todo o estado e fazem parte do Calendário Básico de Vacinação. Elas protegem contra meningite por tuberculose, pneumocócica, meningocócica e por hemófilos. No primeiro quadrimestre de 2025, segundo dados divulgados no Informe epidemiológico nº04/2025 - Vigilância das meningites em Santa Catarina (janeiro a abril de 2025), da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), foram registrados 180 casos de meningite. Durante todo o ano de 2024, foram 762 registros, número menor do que o apresentado em 2023, com 993 casos. A imunização ajuda na prevenção e na tendência de queda de casos.
Neste ano, o estado registrou 14 óbitos, representando uma taxa de letalidade total de 7,7%. A maior taxa foi registrada nos casos confirmados pela meningite tuberculosa (33%) e por hemófilo (33%), seguida pela meningite pneumocócica (30%).
“A maneira mais eficaz de prevenir a meningite é por meio da vacinação. Diversas formas de meningite, especialmente as causadas por bactérias, como o meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae tipo B (Hib) podem ser evitadas com vacinas específicas e seguras, disponíveis gratuitamente no calendário nacional de vacinação. Além da vacinação é importante manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos com frequência e evitar compartilhar objetos pessoais que entrem em contato com a boca ou secreções respiratórias”, destaca João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
Os grupos etários mais vulneráveis são crianças menores de 5 anos e adultos maiores de 60 anos de idade. A maior ocorrência de meningites por todas as etiologias foi em crianças até 4 anos de idade, com uma taxa de incidência de 7,7%. Já as crianças de 5 a 9 anos de idade representaram 4% dos casos. Nos adultos, apesar de 49% dos casos estarem concentrados em pessoas com 20 a 64 anos de idade, a taxa de incidência nestas faixas etárias foi entre 2,3% e 1,6%. A faixa etária de 65 a 79 anos concentrou 7,2% dos casos.
Em 2025, os casos da doença ocorreram em 56 municípios catarinenses distribuídos em todas as regiões de Saúde, com maior concentração na região litorânea, entre eles: Joinville, Itajaí e Florianópolis, respectivamente; seguidos pelos municípios de Navegantes, São José, Balneário Camboriú, Chapecó e Palhoça.
O que é meningite?
A meningite é uma doença grave, de evolução rápida, que se caracteriza pela inflamação das membranas que recobrem o sistema nervoso central (meninges). Pode ser causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, fungos e agentes não infecciosos, como traumatismos. As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. O período de transmissibilidade é variável, dependendo do agente infeccioso e da instituição do diagnóstico e tratamento precoce.
“Aqui no estado as meningites mais frequentes são por vírus, que tem menor gravidade do que as bacterianas. Os sinais e sintomas da doença variam de acordo com a idade de cada pessoa. Os sintomas clássicos são dor de cabeça, febre e vômitos que aparecem em crianças maiores. Nas crianças menores os sintomas são inespecíficos, como a falta de apetite, muita sonolência e muita irritação. Mas em todos os casos a febre alta é o principal sintoma. Na presença desses sinais, os pais devem procurar atendimento médico para obter o tratamento e diagnóstico precoce para evitar sequelas e até a morte”, alerta Sônia Faria, infectologista do Hospital Infantil Joana de Gusmão.
Principais sintomas da meningite
• Febre alta repentina
• Dor de cabeça intensa
• Pescoço rígido (dificuldade para mexer o pescoço)
• Náusea e vômito
• Sensibilidade à luz (fotofobia)
• Confusão mental, sonolência ou dificuldade para acordar
• Convulsões (em casos graves)
• Manchas roxas na pele (principalmente em meningite meningocócica)
• Em bebês: choro constante, moleira inchada, recusa de alimentação
Assessoria de Comunicação SES
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