O câncer de pele é altamente prevenível e a detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura. A Secretaria de Estado da Saúde segue orientando a população sobre a importância da prevenção e da detecção precoce da doença.
“Precisamos continuar alertando a população sobre os perigos do câncer de pele, que, infelizmente, é o mais frequente no Brasil. A conscientização sobre a prevenção e a detecção precoce é fundamental para que possamos reduzir o número de casos e, principalmente, evitar complicações graves. É importante que todos entendam que a saúde da pele é parte integral da saúde do corpo, e a proteção deve ser uma prioridade constante”, destaca Aline Arceno, gerente de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos Não Transmissíveis da DIVE/SC.
A exposição excessiva e inadequada ao sol está fortemente associada ao desenvolvimento do câncer de pele, doença caracterizada pelo crescimento descontrolado e anormal das células desse órgão. Quando se origina nas células chamadas de melanócitos, chama-se melanoma; já quando o crescimento se dá a partir de outras células (principalmente queratinócitos), originam-se os carcinomas de pele (basocelular e espinocelular).
O melanoma de pele é um câncer de pior prognóstico, com potencial elevado de formar metástases e levar ao óbito, se não tratado no tempo adequado. Para facilitar a diferenciação de pintas, manchas ou sinais corriqueiros, criou-se a regra ABCDE, que se refere às principais características desses tumores: Assimetria, Bordas irregulares, Cores variadas na mesma lesão, Diâmetro (normalmente maiores de 6mm) e Evolução (mudanças perceptíveis em qualquer dos aspectos anteriores).
“Ele é mais frequente em adultos brancos e pode aparecer em qualquer parte do corpo, seja na pele ou em mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais com características específicas (irregularidade de bordas, sobretudo nas áreas mais expostas à radiação solar). Também considerado o mais agressivo, por ter grande chance de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos, mas o prognóstico pode ser considerado bom quando detectado em sua fase inicial, ou in situ, informa Aline Arceno.
Os riscos para o desenvolvimento de câncer de pele são maiores para pessoas de pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, ou albinas. Por outro lado, o prognóstico do melanoma em pessoas de pele negra é mais preocupante, principalmente pela maior dificuldade de detectar a lesão nos estágios iniciais, o que indica que essas pessoas não devem negligenciar o cuidado com a pele e a proteção solar.
Para detectar precocemente o câncer de pele não melanoma, é importante ficar atento a alterações na pele. No caso de carcinomas basocelulares, os mais comuns, o aspecto inicial é de um pequeno nódulo de coloração perolada com vasos sanguíneos visíveis. Essas lesões podem sofrer ulcerações que coçam, descamam ou que sangram e não cicatrizam em 4 semanas. Seu crescimento é lento e raramente se espalham para outros órgãos. No caso de carcinomas espinocelulares, as lesões costumam ser avermelhadas, descamativas, ou feridas com bordas elevadas. Podem ulcerar e sangrar, e crescem de forma mais rápida do que o basocelular. Possuem um maior potencial de gerar metástases, embora sejam menos comuns do que nos melanomas. Por isso, assim que perceber qualquer sintoma ou sinal, procure atendimento médico tão logo quanto possível.
Formas de Prevenção
Proteger-se contra a radiação solar é a principal forma de prevenir o câncer de pele. Aqui vão algumas medidas eficazes:
• Evite o sol nos horários de maior intensidade: a radiação ultravioleta (UV) é mais forte entre 10h e 16h. Durante esse período, busque sombra e proteja-se, além de evitar expor crianças ao sol neste horário, devido à maior fragilidade da pele;
• Crianças menores de seis meses não devem se expor à luz solar direta;
• Preste atenção no rótulo! Além do FPS, veja se o produto tem amplo espectro de proteção contra raios UVA e UVB e lembre-se que, mesmo em dias de mormaço, a proteção é imprescindível;
• Use protetor solar corretamente: o filtro deve ter FPS mínimo de 30 e precisa ser aplicado de preferência meia hora antes da exposição ao sol, com reaplicado a cada duas horas, especialmente após transpiração ou contato com a água;
• Para os lábios, a indicação é usar protetor solar labial. Não se esqueça dos pés, do pescoço e das orelhas;
• Use acessórios: chapéus de abas largas, óculos com lentes UV e roupas com proteção solar ajudam a proteger;
• Crie o hábito diário de proteção: mesmo em dias nublados ou durante o inverno, a radiação UV pode afetar a pele;
• Realize autoexames regulares da sua pele, observando alterações ou surgimentos de manchas, sinais e pintas.
Assessoria de Comunicação SES
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