Santa Catarina lança versão atualizada Plano de Contingência para o enfrentamento da dengue, zika e chikungunya

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES) atualizou o Plano de contingência (PC) para o enfrentamento da dengue, zika e chikungunya no Estado. A revisão do Plano que ocorre anualmente, levou em consideração a transmissão da dengue que ocorreu no ano de 2022, de forma a qualificar a atuação do Estado diante de um cenário de transmissão. Foram definidos três níveis de resposta, sendo que cada um é baseado na avaliação da incidência das doenças que afetam a população. O material está disponível no site da DIVE/SC.

Em Santa Catarina, o Aedes aegypti, responsável pela transmissão dessas três doenças, tem sido detectado em um número cada vez maior de municípios. Atualmente 233 municípios registraram a presença do mosquito, sendo que 134 são considerados infestados, o que aumenta o risco de transmissão dessas doenças. O PC propõe estratégias para organização de ações, para atender as situações de emergência na transmissão de dengue, Zika ou chikungunya, servindo de modelo para os planos de contingência dos municípios infestados.

Segundo, João Augusto Brancher Fuck, responsável pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), o plano visa organizar as ações no nível estadual, permitindo uma resposta coordenada diante da identificação no aumento no número de casos, atuando principalmente no componente da vigilância dos casos, assistência aos pacientes, controle vetorial e comunicação de risco. “Apesar da sazonalidade na transmissão da dengue, Zika e chikungunya, que ocorre principalmente nos meses de maior calor, os casos de dengue ocorreram durante todo o ano em Santa Catarina, e a Secretaria de Estado da Saúde monitorou a situação e realizou ações durante todo o período. A atualização do Plano de Contingência é uma ação importante, visando instrumentalizar uma resposta diante da possibilidade de aumento de casos no estado”, alerta o diretor da DIVE/SC.

O Plano
O primeiro nível corresponde a uma situação em que a incidência de casos permanece em ascensão por duas semanas consecutivas acima de 50 casos/100 mil habitantes por semana epidemiológica de início de sintomas, em duas regiões de saúde. O objetivo é evitar a incidência acumulada da curva epidêmica, que é de 300 casos/100 mil habitantes.

No segundo nível, identificado como um alerta de início de um processo epidêmico, quando a taxa de incidência de dengue permanece em ascensão por quatro semanas consecutivas acima 50 casos/100 mil habitantes por semana epidemiológica, em quatro regiões de saúde e, para chikungunya e zika, é ultrapassada a taxa de incidência do mesmo período do ano anterior.

Enquanto no nível três, a taxa de incidência de dengue ultrapassa o limite superior do canal endêmico e/ou existem óbitos confirmados para dengue. Para chikungunya e zika, há aumento da incidência por quatro semanas consecutivas e óbito confirmado. Para Zika, considera-se também o aumento de positividade em gestantes.

Assim, os níveis são crescentes, e conforme o número de regiões de saúde que aumentam a taxa de incidência a cada semana, ocorre a passagem para o próximo nível, com a ampliação das atividades a serem realizadas, com o objetivo de conter a disseminação da doença e mesmo evitar casos graves e óbitos.

Além da importância das ações da gestão pública, é necessário destacar o papel da população nas ações de controle do mosquito. Somente com ações conjuntas entre população e poder público, durante todo o ano, será possível reduzir os índices de infestação e consequentemente o risco de transmissão das doenças. Mas considerando que já existe transmissão da dengue no estado, é importante que a população fique atenta aos sintomas da doença. “Reforçamos mais uma vez que ao apresentar sinais e sintomas como dor no corpo, de cabeça, no fundo dos olhos, febre e manchas vermelhas pelo corpo, a pessoa procure um serviço de saúde para que a assistência seja realizada de forma correta e oportuna” explica Fábio Gaudenzi, médico infectologista da DIVE/SC.

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Dia D
No sábado, 19 de novembro, acontecerá o Dia Estadual de Mobilização contra o Aedes aegypti. A data foi instituída pela Lei nº 12.235/2010 com o objetivo de alertar a população sobre a importância de eliminar os possíveis criadouros do mosquito. A DIVE/SC orienta que as ações que serão realizadas pelos municípios levem em consideração a realidade de cada local.

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O Aedes aegypti
O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do tórax. Nas patas, apresenta listras brancas.

As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

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Prevenção
Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
Mantenha lixeiras tampadas;
Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
Mantenha ralos fechados e desentupidos;
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
Retire a água acumulada em lajes;
Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

Veja aqui dicas para eliminar possíveis criadouros.

Informações adicionais para a imprensa:
Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
NUCOM - Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)
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