Saúde intensifica ações de controle da Hantavirose em SC

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) com o apoio de equipes técnicas do Ministério da Saúde (MS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro, Secretaria de Saúde do Paraná e Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) realizaram ações para o mapeamento de risco e controle da Hantavirose.

Os trabalhos aconteceram entre os dias 3 e 9 de outubro, no município de Urubici, na Serra Catarinense, e contaram com a participação de 20 profissionais, entre eles: biólogos, veterinários, técnicos agrícolas e outros. As principais atividades foram a instalação de armadilhas para a captura de roedores, identificação de espécies e a coleta de material para identificação do vírus. As amostras foram encaminhadas à Fiocruz/RJ para identificação de informações para avaliar os os riscos e entender como está ocorrendo a circulação do Hantavírus na região.

A partir das primeiras informações sobre o aumento na população de roedores silvestres, no final do mês de agosto, a DIVE emitiu um alerta para os profissionais de saúde sobre a prevenção, suspeita e manejo clínico da doença, assim como realizou reuniões e capacitações com os gestores e profissionais da área da saúde. Paralelamente a ação realizada no município de Urubici, uma equipe da DIVE realizou uma capacitação presencial para profissionais de saúde no município de Rio do Sul na última quinta-feira, 6 de setembro.

Por meio da Defesa Civil de Santa Catarina, foi instituído um Grupo de Ações Coordenadas (GRAC), para acompanhar a situação e desenvolver ações de forma intersetorial. A ideia é que essa seja mais uma estratégia no controle da doença, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC. “É preciso adotar práticas de higiene, saneamento e manejo ambiental que impeçam a aproximação dos roedores silvestres em moradias e locais de trabalho, considerando que esse animal é o reservatório da doença. Os profissionais de saúde devem estar atentos à possibilidade de surgimento de casos de hantavirose, realizando a suspeição e o manejo clínico indicado em até 24h”, sinaliza o diretor.

Hantavirose em SC
A doença, transmitida pelos roedores silvestres, foi confirmada em 8 pacientes do Estado no ano de 2022, nos municípios de Agronômica, Águas Frias, Caçador, Lontras, Mafra, Palhoça, Painel e Urubici. Destes, 4 pessoas evoluíram para óbito (Agronômica, Caçador, Lontras e Urubici).

A doença
A hantavirose é uma doença viral, transmitida pela inalação de aerossóis originados do ressecamento de excretas (urina, fezes e saliva) de roedores silvestres infectados por hantavírus, e possui um período de incubação de até 60 dias. No início, a doença inicia-se com um quadro de sinais e sintomas inespecíficos, como febre, calafrios, mialgia, astenia, náuseas, cefaléia, vômitos, dor abdominal, suor e vertigem. A doença pode evoluir para quadros mais graves, em que a pessoa pode ter dificuldade para respirar e pode evoluir para insuficiência respiratória em menos de 24 horas.

Este ano a atenção maior se deve ao fenômeno da “ratada”, em que é identificado um aumento exacerbado no número de animais em uma área específica, gerando uma superpopulação. Esse aumento ocorre devido a um fenômeno ambiental, causado por uma maior oferta de sementes produzidas durante a floração e frutificação cíclica (a cada dez, vinte ou mais anos) de determinadas espécies de bambus nativos da Mata Atlântica, conhecidos popularmente como taquaras. Com fartura de alimento eles se reproduzem em grande escala. Quando as sementes acabam, eles buscam alimento nas casas mais próximas, o que acaba desencadeando o contato entre os humanos e o roedor.

Como prevenir?
A prevenção da hantavirose baseia-se na utilização de medidas que impeçam o contato do homem com os roedores silvestres e suas excretas (fezes ou urina). As medidas de controle devem conter ações que impeçam a aproximação dos roedores, como, por exemplo, roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores, além de outras medidas que impeçam a interação entre o homem e roedores silvestres, nos locais onde é conhecida a presença desses animais.

(informações entre julho e outro de 2022)

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Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
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