Utilizar o momento de pandemia da COVID-19 como um estímulo para o cuidado com a saúde é o objetivo do Dia Mundial Sem Tabaco, marcado para essa segunda-feira, dia 31. A Organização Mundial da Saúde promove a data todos os anos e nesse destaca que a cessação do tabagismo melhora a qualidade de vida, assim como a capacidade pulmonar, deixando a pessoa menos vulnerável a inúmeras doenças.

O uso de cigarros comuns, de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), do narguilé e de outros produtos derivados de tabaco pode causar danos aos pulmões e reduzir a capacidade de resposta a infecções.

O tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos e são acometidos com maior frequência de infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose. “O tabagismo aumenta o risco de complicações de dezenas de doenças, em especial, as cardiovasculares, infarto do miocárdio e derrame cerebral, doenças respiratórias, como bronquite e enfisema, além de diversos tipos de câncer”, destaca Adriana Elias, enfermeira de Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC).

Cessação do tabagismo

O tabagismo é uma doença causada pela dependência química da nicotina. Oferecer tratamento aos que desejam parar de fumar é uma importante estratégia de controle do tabagismo. “Quanto mais cedo a pessoa parar de fumar menor o risco de adoecer. Parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, como câncer, enfisema ou derrame”, destaca Adriana.

Mais de oito milhões de mortes por ano no mundo estão relacionadas ao tabagismo. No Brasil, por exemplo, estima-se que 428 pessoas morrem por dia em decorrência do consumo do tabaco. 

Os resultados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL, 2019), demonstram que no conjunto das 27 capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).

A mesma pesquisa indica que em Florianópolis, a frequênciade adultos fumantes é de 10,7%, sendo maior no sexo masculino (14,1%) do que no feminino (7,7%). E entre os fumantes passivos no domicílio (6,3%) sendo, sexo feminino (6,6%) e masculino (6,0%).

Tratamento no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar. Para saber quais unidades de saúde oferecem o tratamento, a população pode obter a informação nos postos de saúde ou diretamente na Secretaria de Saúde do município.

Assessoria de Comunicação
Amanda Mariano, Bruna Matos e Patrícia Pozzo
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