O Governo do Estado declarou nesta quinta-feira, 12 de junho, situação de emergência em saúde pública em todo território catarinense para prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O decreto autoriza a Secretaria de Estado da Saúde (SES) promover requisição administrativa de bens e serviços de entidades privadas com ou sem fins lucrativos de forma mais ágil. Essas ações já vem ocorrendo desde maio deste ano, com a aquisição de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para 16 pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e 12 leitos intermediários de suporte ventilatório.
“Monitoramos diariamente a situação epidemiológica e a ocupação dos leitos de UTI adulto, neonatal e pediátrico. A ampliação de 264 leitos de UTI, determinada pelo governador Jorginho Mello ainda em 2023, tem sido fundamental para enfrentarmos esse momento e ainda temos o planejamento de mais 44 leitos para abrir em breve. Mas mesmo com toda essa ação, estamos com uma taxa de ocupação acima de 90% e a maior demanda é para leitos de isolamento. Por isso este decreto para ratificar a compra de leitos e serviços o mais rápido possível para atender a nossa população”, explica o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

Foto: Arquivo | Secom
O ato também permite a edição de normas complementares ao documento oficial. Além disso, atende à portaria do Ministério da Saúde nº 7.211, de 11 de junho de 2025, que institui, em caráter excepcional e temporário, incentivo financeiro de custeio, para o atendimento de adultos com SRAG, em estabelecimentos hospitalares da Atenção Especializada do SUS.
O decreto nº 1.031, de 12 de junho de 2025, publicado na Edição Extra do Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, foi necessário devido a existência de situação anormal em virtude da Síndrome Respiratória Aguda Grave em Santa Catarina. Esta ação está baseada em indicadores epidemiológicos que apontam para o aumento expressivo nos índices de internações em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e adulto, e da consequente superlotação dos centros de atendimento, caracterizando elevado risco sanitário para a população.
Também fazem parte das ações de enfrentamento das doenças respiratórias a ampliação da vacina contra a Influenza desde o dia D, em 10 de maio, para toda a população a partir dos 6 meses de idade de Santa Catarina. “Neste momento, é fundamental que toda a população se vacine contra a gripe, porque os casos mais graves da doença estão levando à morte e à sobrecarga da nossa rede de atenção à saúde, com relação à ocupação de leitos. Estamos garantindo a assistência para todos, porque essas pessoas estão dentro dos hospitais. A tendência é de alta no número de casos relacionados principalmente à influenza, para a qual temos a vacina e está disponível para toda a população. É fundamental a colaboração de todos. Temos quase 2 mil unidades de saúde com vacinas disponíveis, e é essencial que a população possa nos ajudar”, reforça o secretário.
Assessoria de Comunicação
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
www.saude.sc.gov.br
Acidentes envolvendo aranhas são relativamente comuns, mas, na maioria dos casos, não resultam em complicações clínicas significativas. Ainda assim, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância da população adotar medidas de prevenção e estar atenta aos cuidados necessários, especialmente em relação à aranha-marrom, uma das espécies com maior incidência na região Sul do Brasil.

Fotos: Divulgação CIATox
Como uma ação contínua em aprimorar a qualidade da assistência e da vigilância em saúde, a SES promoverá entre os dias 24 e 26 de junho a ‘Capacitação de Médicos e Enfermeiros para o Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos’, buscando atualizar os profissionais envolvidos no manejo desses atendimentos.
A aranha-marrom é relativamente pequena, com cerca de 1 cm de corpo e até 3 cm de envergadura quando adulta. Possui coloração marrom-acastanhada uniforme e seis olhos dispostos em três pares, característica que pode ser observada com o auxílio de uma lupa. Vive em teias irregulares, onde captura insetos, sua principal fonte de alimento, especialmente durante a noite.
Em Santa Catarina, são encontradas duas espécies: Loxosceles laeta e Loxosceles intermedia. Os casos mais graves de envenenamento estão associados à picada da Loxosceles laeta.
“A picada, em geral, é indolor no momento em que ocorre. Após algumas horas, surge uma ferida no local, geralmente avermelhada, com pontos azulados ou esbranquiçados, que é a lesão mais característica da aranha-marrom. Em alguns casos, a pessoa pode evoluir para um quadro mais grave, com sinais como escurecimento da urina, o que indica maior gravidade”, alerta o infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), Renato do Carmo Said.
Onde é encontrada
Com grande capacidade de adaptação, a aranha-marrom pode sobreviver em temperaturas que variam entre 4°C e 40°C, sendo encontrada tanto em lugares urbanos quanto rurais.
Em ambientes externos, ela pode se abrigar entre telhas, tijolos, materiais de construção empilhados, folhas secas, cascas de árvores, paredes e muros antigos. Já em locais internos, costuma se esconder atrás de quadros, armários, livros, caixas e objetos pouco manuseados, principalmente em sótãos, forros e espaços que ofereçam abrigo e calor.

Sintomas
Os acidentes são mais frequentes no verão, em ambiente domiciliar. As situações mais comuns acontecem quando a aranha é comprimida contra o corpo da pessoa, principalmente ao se vestir ou enquanto dorme. Por isso, as picadas costumam ser em regiões como tronco e membros, sendo mais raras nas mãos e nos pés.
A dor pode surgir algumas horas após o ocorrido, acompanhada de lesão cutânea de gravidade variável. Entre os sintomas mais comuns estão: dor, vermelhidão, mancha roxa ou com aspecto marmorizado, inchaço, coceira, bolhas e endurecimento no local. Em casos mais graves, podem acontecer alterações no organismo como hemólise, anemia aguda e icterícia. Se não tratadas, essas manifestações podem ter evolução grave. Para os casos moderados e graves, existe o soro antiveneno, disponível em ambiente hospitalar.
O que fazer em caso de picada
É fundamental procurar imediatamente atendimento médico de urgência se for picado por uma aranha-marrom. Se possível, a aranha deve ser levada ou fotografada para auxiliar na identificação e no direcionamento do tratamento adequado. Em muitos casos, a picada não é percebida no momento e o animal pode não ser visto.
Em caso de acidente, a orientação também é entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox) pelo telefone 0800 643 5252, que oferece as primeiras orientações e suporte para o diagnóstico e tratamento. O CIATox pertence ao Governo do Estado e mantém um acordo de cooperação técnica com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Medidas de prevenção
Para evitar a presença do animal, algumas ações simples podem ser adotadas:
- Evitar a proliferação de insetos;
- Manter os ambientes limpos, bem ventilados, iluminados e livres de entulhos, caixas e papéis acumulados;
- Vedar frestas, buracos e rachaduras em paredes e assoalhos;
- Reparar vãos entre forros e paredes, consertar rodapés danificados e vedar soleiras de portas;
- Afastar as camas das paredes e evitar pendurar roupas em paredes;
- Examinar peças de vestuário, especialmente camisas, blusas, calças e sapatos, antes de vestir ou calçar. Adotar esse mesmo cuidado com roupas de cama e banho.
Assessoria de Comunicação SES
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
www.saude.sc.gov.br
Em Santa Catarina foram registrados 45.623 focos do mosquito Aedes aegypti em 258 municípios este ano. Também ocorreram 91.265 notificações de dengue, sendo que 27.297 foram considerados casos prováveis. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e constam no mais recente Informe Epidemiológico que compreende até 02 de junho de 2025.
Neste período foram confirmados dez óbitos por dengue. Outros cinco óbitos estão sendo investigados pela Secretaria Municipal de Saúde com apoio da SES. Dos 295 municípios catarinenses, 181 são considerados infestados pelo vetor.
“No outono, os casos de dengue em Santa Catarina continuam a preocupar. Mesmo com a redução das temperaturas, que geralmente desacelera a reprodução do mosquito Aedes aegypti, observamos que os números revelam a necessidade de prosseguir com as medidas preventivas para evitar um possível surto”, destaca Fábio Gaudenzi, Superintendente de Vigilância em Saúde.
A partir deste informe nº 11/2025, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), a publicação passa a ser mensal, trazendo um panorama detalhado das arboviroses (dengue, chikungunya e Zika) em Santa Catarina.
Casos de chikungunya
O informe também registrou a ocorrência de 2.257 notificações de chikungunya no estado. Dessas, 838 foram considerados casos prováveis, sendo que 624 foram confirmados. Na comparação com o mesmo período do ano 2024, quando foram registrados 118 casos prováveis, observa-se um aumento de 610,2%. Também foram confirmados quatro óbitos.
A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e apresenta sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, pode levar à internação e até ao óbito, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades.
Ações para eliminar o mosquito
A colaboração da população é essencial para conter a propagação das arboviroses em Santa Catarina. Por isso, medidas simples devem ser tomadas para evitar casos de dengue e chikungunya. São elas:
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
Assessoria de Comunicação SES
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
www.saude.sc.gov.br
As mudanças climáticas típicas do outono, com temperaturas mais baixas, associado aos hábitos neste período, favorecem uma maior circulação dos vírus respiratórios. Essa condição tem impactado no aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com destaque para a influenza, em Santa Catarina. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população, principalmente os grupos prioritários - crianças, gestantes e idosos -, a buscar a vacina contra a gripe para reduzir o risco de complicações graves da doença. As doses seguem disponíveis nos postos de saúde.
De acordo com os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) foram registrados 962 casos de SRAG por influenza no estado e 95 óbitos no ano de 2025. Apesar dos números serem menores quando comparado ao mesmo período do ano de 2024, há um aumento de casos desde o final do mês de abril. Esse aumento pode continuar nas próximas semanas, considerando a chegada do frio mais intenso.
“Diante do cenário, reforçamos a importância da vacinação contra a gripe como principal estratégia de prevenção. A campanha de imunização foi ampliada no Estado desde o dia D para toda a população catarinense a partir dos 6 meses de idade. O foco é continuar a imunizar a população, principalmente dos grupos prioritários, que registra a cobertura vacinal de 40,57% apenas, e são os mais acometidos pela doença. Queremos evitar as internações e o agravamento das doenças respiratórias”, ressalta o diretor da DIVE, João Augusto Fuck.
A vacinação anual é a forma mais eficaz de prevenir a gripe e suas consequências. Isso ocorre porque o vírus da influenza sofre constantes mutações, o que torna necessário atualizar a vacina todos os anos para garantir a proteção contra as cepas mais recentes.
Além disso, as medidas não farmacológicas também ajudam a evitar a propagação do vírus, como a higienização frequente das mãos, o uso de máscaras em ambientes fechados e a busca por atendimento médico ao surgirem sinais de agravamento respiratório.
Atenção para os sintomas
Ao apresentar febre, tosse, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça, é fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo da residência para o tratamento adequado. Os grupos de risco, entre eles idosos, crianças, gestantes, doentes crônicos, têm maior probabilidade de apresentar complicações quando infectados pelos vírus respiratórios.
Medidas de prevenção
* Vacinação anual;
* Lavar as mãos com frequência;
* Usar máscara em casos de pessoas sintomáticas;
* Evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;
* Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
* Evitar tocar mucosa de olhos, nariz e boca;
* Manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos limpos com álcool;
* Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
Assessoria de Comunicação SES
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
www.saude.sc.gov.br
Santa Catarina enfrenta um preocupante aumento no número de internações e óbitos causados pela Influenza neste outono. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) faz um alerta para o crescimento expressivo nos casos graves da doença, principalmente entre idosos, crianças e pessoas com comorbidades.
No Estado, de janeiro a maio de 2025, foram registrados mais de 1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza ou gripe grave. No mesmo período do ano passado foram 879 casos, ou seja, houve um aumento de 20%. Em relação aos óbitos, também foi registrado um crescimento considerável com 126 óbitos em 2025, contra 66 no mesmo período de 2024.
A faixa etária mais propensa à doença é a das pessoas acima de 60 anos, que representam 46,8% dos registros de SRAG confirmados por influenza. Na sequência, os indivíduos com idade até 4 anos, com 20,8%. O registro de óbito é mais comum na faixa etária a partir dos 50 anos (110 óbitos).
A SES alerta que a baixa adesão à campanha de vacinação é um dos principais fatores por trás do avanço da doença. Até o momento, apenas 42,6% do público alvo foi vacinado, índice considerado abaixo do ideal para conter a propagação do vírus.
“Reforçamos a importância da vacinação contra a Influenza, bem como das medidas não farmacológicas de prevenção. O diagnóstico precoce e o tratamento tem o objetivo de reduzir a transmissão da doença e apoiar as ações assistenciais, reduzindo a pressão nas unidades de saúde”, ressalta Fábio Gaudenzi, Superintendente de Vigilância em Saúde.
Vacinação
A vacina contra a Influenza está disponível para toda a população como a principal forma de prevenir episódios graves e mortes. Assim, os grupos prioritários devem ser incentivados a manter suas carteiras de vacinação atualizadas, seguindo as orientações sobre as doses e os intervalos recomendados. É essencial que as crianças menores de 5 e as pessoas com mais de 60 anos, recebam a vacina o quanto antes, considerando a vulnerabilidade observada destes grupos no agravamento da doença.
Outras medidas de prevenção
- Manter ambientes bem ventilados, com portas e janelas abertas e correntes de ar;
- Usar máscaras quando apresentar sintomas respiratórios;
- Evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais;
- Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel com frequência, principalmente depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro, antes de comer, antes e depois de tocar os olhos, a boca e/ou nariz;
- Utilizar a etiqueta respiratória (cobrir o nariz ea boca ao tossir ou espirrar com o antebraço e descartar lenços e máscaras usadas no lixo);
- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas (corrimãos, bancos, maçanetas, etc);
- Limpar e desinfetar superfícies e objetos que entram em contato frequente com mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
Assessoria de Comunicação SES
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
www.saude.sc.gov.br