A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com os municípios, está reforçando as ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. O objetivo é ampliar a prevenção e o controle das arboviroses por meio da integração de estratégias tradicionais com o uso de novas tecnologias.
Para isso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) atualizou as Diretrizes Estaduais para a Prevenção e Controle das Arboviroses Urbanas. O documento aprovado pela Comissão Intergestores Tripartite (CIB), em agosto, propõe uma reestruturação no modelo de controle das arboviroses, por meio da implementação de novas tecnologias.
Entre as estratégias priorizadas estão: estratificação de risco territorial; implantação de ovitrampas para monitoramento entomológico; aplicação da Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI); o uso de Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs); aplicação do biolarvicida Bacillus thuringiensis (Bti); e o emprego de adulticidas para controle vetorial.
“A integração dessas tecnologias junto às estratégias tradicionais de controle, aliada ao engajamento comunitário, fortalecem as políticas de vigilância, orientam as ações para áreas prioritárias e tornam o monitoramento e o controle entomológico mais eficiente”, destaca João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
Além disso, a liberação de mosquitos com a bactéria Wolbachia e a de Inseto Estéril por Irradiação (TIE) poderão ser implementadas nos municípios mediante aprovação e fornecimento por parte do Ministério da Saúde.
Apoio aos municípios
A Secretaria de Estado da Saúde mantém apoio técnico constante aos municípios com atividades de controle do vetor e vigilância dos casos. Entre as ações estão a distribuição e aplicação de inseticidas, capacitações, visitas e reuniões técnicas nos municípios, auxílio na implantação de comitês para análise de óbitos relacionados a zoonoses, entre outras.
“É importante destacar que a SES continua mobilizada e se preparando para o enfrentamento da doença, mesmo no período de baixa transmissão. Todos precisam ficar atentos e fazer a sua parte: eliminar os criadouros do mosquito, que estão localizados dentro e no entorno dos domicílios”, alerta o diretor da DIVE.
O Estado está ampliando a atuação junto aos municípios com ações integradas que combinam vigilância, mobilização, assistência e comunicação. Ao mesmo tempo, a adoção de novas tecnologias e estratégias, como a BRI, representam um avanço decisivo na estratégia de prevenção e controle das arboviroses. As iniciativas fortalecem a resposta rápida, assertiva e sustentável das redes de saúde em todo o estado, aumentando a eficácia no controle do mosquito e na proteção da população.
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Em Santa Catarina foram registrados 51.651 focos do mosquito Aedes aegypti em 260 municípios este ano. Também ocorreram 113.527notificações de dengue, sendo que 26.934 foram considerados casos prováveis. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e constam no mais recente Informe Epidemiológico nº 13, que compreende até 11 de agosto de 2025.
Neste período foram confirmados 16 óbitos por dengue. Outros cinco óbitos estão sendo investigados pelas Secretarias Municipais de Saúde com apoio da SES. Dos 295 municípios catarinenses, 182 são considerados infestados pelo vetor.
“Nas últimas semanas ocorreu uma redução importante nos casos de dengue, associado ao inverno mais rigoroso e as ações realizadas pela Secretaria de Estado e municípios. De qualquer forma, observamos a necessidade de prosseguir com as medidas preventivas para evitar um aumento de casos quando as condições climáticas forem favoráveis”, destaca João Augusto Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica.
Casos de chikungunya
O informe também registrou a ocorrência de 2.541 notificações de chikungunya no estado. Dessas, 835 foram considerados casos prováveis, sendo que 666 foram confirmados. Na comparação com o mesmo período do ano 2024, quando foram registrados 123 casos prováveis, observa-se um aumento de 578,9%. Mantém-se os quatro óbitos.
A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e apresenta sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, pode levar à internação e até ao óbito, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades.
A SES segue realizando ações, mas reforça que o envolvimento da população é decisivo para reduzir o risco de epidemia.
Ações para eliminar o mosquito
A colaboração da população é essencial para conter a propagação das arboviroses em Santa Catarina. Por isso, medidas simples devem ser tomadas para evitar casos de dengue e chikungunya. São elas:
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou neste sábado, 2, a aplicação de inseticida com a técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) na garagem do prédio-sede, em Florianópolis. A medida integra as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, com novas metodologias recomendadas pelo Ministério da Saúde. No próximo dia 9, o procedimento será feito no Anexo I, também na capital.
"O combate à dengue não acontece apenas em uma época do ano. A doença é sazonal, mas, mesmo na baixa temporada, precisamos manter as ações para evitar a sobrecarga no atendimento, e isso passa pelo enfrentamento ao mosquito. Dessa maneira, essa nova estratégia é fundamental. Trata-se de uma tecnologia inovadora, e estamos esperançosos quanto à sua efetividade. Assim, na próxima temporada da dengue, poderemos alcançar ainda mais resultados do que neste ano, quando tivemos uma redução de mais de 90% no número de casos e de mortes", afirmou o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
As garagens foram mapeadas pela Gerência de Zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) por serem consideradas áreas estratégicas e favoráveis à proliferação do mosquito. O inseticida foi aplicado por agentes capacitados, com equipamentos adequados e em conformidade com as normas de segurança do Ministério da Saúde. Para o procedimento, as áreas foram totalmente isoladas, sem circulação de pessoas ou veículos, e o produto foi utilizado nas paredes internas.
“A iniciativa visa reduzir a presença do mosquito em áreas internas e de uso frequente dos servidores, reforçando o compromisso da gestão com a saúde dos trabalhadores e da população em geral. Além disso, é uma forma de estimular que a técnica seja utilizada pelos municípios catarinenses, tendo em vista que o inseticida possui um poder residual com duração de até 120 dias, auxiliando no controle do mosquito mesmo semanas após a sua aplicação" destacou o diretor da DIVE, João Augusto Fuck.
O enfrentamento ao Aedes aegypti depende da colaboração de toda a sociedade, principalmente na eliminação de locais com água parada. A SES orienta sobre a importância de eliminar ou adequar recipientes que possam acumular água, e seguir atenta a possíveis criadouros em casa e nos arredores.
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A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com os municípios, promove a partir de agosto a intensificação da vacinação contra o sarampo a trabalhadores de portos, aeroportos e terminais rodoviários. Esta ação faz parte da estratégia de imunização contra a doença, iniciada no mês de junho, ampliando a proteção da população não vacinada, principalmente em grupos que têm mais chances de contato com o vírus. O intuito é evitar o registro de novos casos e surtos da doença em Santa Catarina.
Para isso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) já está orientando os municípios para organizarem o próprio método de vacinação, de acordo com a realidade local. Entre as ações, está a ida de profissionais de saúde até os locais de trabalho para realizar a aplicação da dose.
“Neste momento, a estratégia é direcionada a grupos de trabalhadores e profissionais que podem estar mais expostos a casos suspeitos ou confirmados de sarampo, de forma a garantir a proteção destas pessoas e reduzir o risco de disseminação do vírus do sarampo”, explica João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
A forma mais eficaz de prevenir o sarampo é com a vacinação. A estratégia para intensificar o combate à doença no território catarinense começou em junho, com a aplicação da dose zero em crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias de idade. A ação para vacinar outros grupos com maior risco de exposição ao vírus segue nos próximos meses até dezembro de 2025.
A vacina contra o sarampo
De acordo com o Calendário Vacinal, do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina tríplice viral protege contra o sarampo, além da caxumba e rubéola. O imunizante está disponível nas salas de vacina da rede pública para a faixa etária entre 12 meses e 59 anos de idade. Indivíduos até 29 anos de idade devem comprovar duas doses da vacina e, pessoas entre 30 a 59 anos de idade, devem comprovar uma dose da vacina. Ainda, crianças entre 6 a 11 meses de idade, devem receber a dose zero.
Em 2024, no Estado, a vacina da tríplice viral alcançou a meta estabelecida com 96,80% (crianças de 1 ano de idade). Em 2025, no primeiro trimestre, o registro foi de 93,23%.
Atenção aos sinais
Em Santa Catarina, o último surto de sarampo registrou 411 casos confirmados, de julho de 2019 (304 casos) a 2020 (107).
“Apesar de Santa Catarina não apresentar nenhum caso da doença desde 2020, reforçamos as medidas que fortaleçam a prevenção, a detecção precoce, a notificação e a resposta rápida, para a interromper uma possível circulação viral. Precisamos ficar atentos aos sinais e sintomas do Sarampo, que apresentam febre, manchas vermelhas no corpo, sempre associados a tosse, coriza ou conjuntivite, independentemente da idade e do histórico vacinal, especialmente em pacientes com viagens ao exterior ou contato de viajantes”, destaca Arieli Fialho, gerente de imunização da DIVE.
Estratégia de vacinação contra o sarampo
Junho: Introdução da dose zero em crianças entre 6 a 11 meses e 29 dias
Agosto: Trabalhadores de Portos, Aeroportos e Rodoviárias;
Setembro: Motoristas de aplicativos e táxis;
Outubro: Trabalhadores da rede hoteleira;
Novembro: Trabalhadores das indústrias;
Dezembro: Trabalhadores da saúde.
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Doença infecciosa grave, a febre amarela evolui rapidamente, se não for diagnosticada e tratada imediatamente. No Brasil, é transmitida nos ambientes silvestres – matas e florestas -- pela picada dos mosquitos infectados, dos gêneros Haemagogus e Sabethes. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça que a principal forma de prevenção da febre amarela em humanos é com a vacinação. O imunizante está disponível gratuitamente nas unidades de saúde de Santa Catarina para pessoas a partir dos 9 meses de idade.
O estado é área de recomendação para vacinação desde o segundo semestre de 2018. “A vacina está no calendário de vacinação do SUS para todas as pessoas a partir dos 9 meses de idade. A adesão à vacinação é fundamental para evitar a ocorrência de casos graves da doença. É uma proteção segura e eficaz. Esse ano 2025 ainda não alcançamos a cobertura recomendada, que é acima de 95%, estamos em torno de 84%”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da Vigilância Epidemiológica (DIVE).
A doença afeta órgãos como o fígado e os rins. Os principais sintomas são início abrupto de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal. Em casos graves, insuficiência de múltiplos órgãos e até a morte.
Em Santa Catarina, foram registrados 8 casos da doença e 3 óbitos em humanos, em 2021. No ano seguinte, 2022, ocorreu apenas um caso importado de outro estado. A febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa, apenas pela picada do mosquito infectado.
Além dos humanos, os macacos, que vivem no mesmo ambiente que esses mosquitos, são as primeiras vítimas da doença. A circulação do vírus já foi confirmada em macacos em diferentes regiões do país nos últimos anos, o que mantém o risco de transmissão presente. Os primatas não transmitem a febre amarela diretamente às pessoas, mas funcionam como sentinelas, pois quando adoecem ou morrem sinalizam a circulação do vírus na região. Por isso, a SES reforça que qualquer ocorrência de morte de primatas deve ser comunicada imediatamente às autoridades de saúde.
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