A Secretária de Estado da Saúde (SES) inicia nesta terça-feira, 13, a distribuição de 11.900 doses da vacina contra a dengue para mais duas regiões catarinenses. Serão entregues 10.180 doses em Itajaí para atender o público-alvo da Foz do Rio Itajaí, que compreende 11 municípios. Na quinta-feira, 15, Concórdia receberá 1.720 doses para o Alto Uruguai, composto por 13 municípios. Após pleito do Governo do Estado, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação dos imunizantes.

Foto: Arquivo Secom
“As novas doses vão reforçar o combate à doença em áreas que têm registrado um aumento no número de casos de dengue nos últimos anos. Essas ações fazem parte de um esforço conjunto para reduzir a incidência da doença e proteger a saúde da população”, destaca João Augusto Fuck, diretor de vigilancia epidemiólogica de Santa Catarina.
Os índices vacinais contra a dengue estão em 35,74% com a primeira dose e 18,95% com a segunda dose. Atualmente, a vacina está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 16 anos nas Regiões de Saúde Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Oeste, totalizando 76 municípios.
Com a ampliação, a oferta se estende a sete Regiões de Saúde, abrangendo 100 municípios catarinenses. As novas doses vão reforçar o combate à doença em áreas que têm registrado aumento no número de casos nos últimos anos, considerando os critérios elencados pelo Ministério da Saúde (MS) para distribuição.
“Ainda não foram contempladas as regiões do Extremo Oeste e Xanxerê. É importante ressaltar que a vacinação é uma das medidas para o controle da dengue, mas o combate ao mosquito Aedes aegypti, por meio da eliminação de criadouros, continua sendo essencial para prevenir a doença”, reforça João Fuck.
Municípios que irão receber a vacina contra a dengue:
• Alto Uruguai Catarinense: Alto Bela Vista, Arabutã, Concórdia, Ipira, Ipumirim, Irani, Itá, Lindóia do Sul, Peritiba, Piratuba, Presidente Castelo Branco, Seara, Xavantina.
• Foz do Rio do Itajaí: Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Navegantes, Penha, Porto Belo.
Municípios que já aplicam a vacina contra a dengue:
• Nordeste: Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva , Itapoá , Joinville, São Francisco do Sul.
• Vale do Itapocu: Barra Velha, Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul, Massaranduba, São João do Itaperiú, Schroeder.
• Grande Florianópolis: Águas Mornas, Alfredo Wagner , Angelina , Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Canelinha, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José, São Pedro de Alcântara, Tijucas.
• Médio Vale do Itajaí: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio, Timbó.
• Oeste: Águas de Chapecó, Águas Frias, Arvoredo, Caibi, Caxambu do Sul, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Cunha Porã, Cunhataí, Formosa do Sul, Guatambu, Irati, Jardinópolis, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Paial, Palmitos, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Quilombo, Riqueza, Santiago do Sul, São Carlos, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste.
Assessoria de Comunicação SES
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Santa Catarina segue alerta no combate à dengue. Entre 29 de dezembro de 2024 e 13 de janeiro de 2025, foram registrados 2.102 casos prováveis da doença, em 107 municípios. Os dados apontam que a curva de casos prováveis está em alta. Também foram identificados 1.487 focos do mosquito Aedes Aegypti, em 145 municípios catarinenses. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), apresenta a situação epidemiológica da dengue no estado nesta quarta-feira,15.
Neste período, do total de 2.102 casos prováveis, 71 foram confirmados e 2.031 seguem suspeitos. Além disso, houve aumento no número de casos prováveis na comparação com o mesmo período do ano de 2024, onde foram registrados 2.052 casos. Os dados apresentados são parciais, sujeitos a alterações, a partir das informações inseridas pelas Secretarias Municipais de Saúde, com possibilidade de diferença nos números de uma semana para outra.
Em 2024, Santa Catarina registrou uma importante transmissão da dengue o que levou o Governo a decretar situação de emergência. No ano, foram registrados 340 óbitos decorrentes da infecção com o vírus.
O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, reforçou a importância do engajamento de toda a sociedade no enfrentamento ao problema. “Estamos intensificando ações estratégicas, como a capacitação das equipes regionais e municipais, o apoio técnico às cidades e a ampliação de leitos para atender pacientes. Durante o ano de 2024, promovemos várias ações para conter o aumento da dengue, como encontros regionais, parceria com outros órgãos, a Semana de Mobilização da Rede de Ensino, entre outras iniciativas. O combate à dengue é uma responsabilidade de todos. Precisamos eliminar os focos do mosquito e proteger nossa população. Somente com a união de esforços entre Governo, municípios e sociedade será possível vencer essa batalha”, disse Demarchi.
A principal medida é a eliminação dos criadouros do mosquito, que estão localizados dentro e no entorno dos domicílios.
Ações para eliminar os criadouros do mosquito:
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e de comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
Assessoria de Comunicação SES
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Santa Catarina registrou, em 2024, o maior número de casos de coqueluche nos últimos 10 anos. Foram 263 confirmações, a maioria em bebês menores de um ano, e três óbitos em recém-nascidos, entre um e dois meses de idade. Para conter a doença, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), reforça a importância da vacinação de gestantes e crianças, como forma de prevenção.

Foto: Banco de imagens/Freepik
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Dr Fábio Gaudenzi, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica várias causas para o aumento dos casos de coqueluche nos últimos anos. “A cobertura vacinal abaixo da meta, especialmente em crianças; a falta de vacinação ou o esquema incompleto nas populações; a diminuição da imunidade ao longo do tempo, o que pode levar a um aumento dos casos em adolescentes e adultos; o diagnóstico tardio e subnotificação em adultos, onde os sintomas podem ser confundidos com outras doenças respiratórias. Todas essas situações contribuem para a disseminação da doença. Esses fatores combinados explicam o aumento dos casos de coqueluche nos últimos anos, tornando a vacinação contínua e a monitoração de surtos uma medida essencial para o controle da doença”, explica.
A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade, e a vacinação é a principal forma de controle. Durante o pré-natal, a vacina tríplice bacteriana (dTpa) oferece proteção contra difteria, tétano e coqueluche, doenças potencialmente perigosas. Desta forma, a mãe é imunizada e também consegue transmitir anticorpos para o bebê até que ele complete o esquema vacinal com a pentavalente. A vacina dTpa atingiu cobertura de 88,37% no ano de 2024.
Após o nascimento, é recomendado que o bebê receba três doses da vacina pentavalente: aos 2 meses, aos 4 e aos 6 meses de idade. Ela imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B. A cobertura vacinal em 2024 foi de 90,25%.
Ainda, a vacina tríplice bacteriana vem para reforçar a proteção da criança, aplicada aos 15 meses e nos 4 anos de idade. Todos os imunizantes fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis nos postos de saúde em Santa Catarina.
“A coqueluche é uma doença respiratória e o risco de complicação é maior nas crianças pequenas, abaixo de seis meses. É nessa idade que nós precisamos estar atentos a esse diagnóstico. A prevenção da coqueluche se dá através da vacinação. Iniciando com a gestante durante a gravidez, porque ela vai passar anticorpos para que a criança nasça e esteja protegida durante as primeiras semanas até receber as três doses de vacina no primeiro ano de vida, e os dois reforços posteriores até os quatro anos de idade. É muito importante manter uma alta cobertura vacinal de toda a população para evitar que haja circulação da bactéria no nosso meio e, eventualmente, ela atinja essas crianças pequenas que ainda não tiveram a oportunidade de se vacinar”, reforça o infectologista Marcos Paulo Guchert, diretor clínico do Hospital Infantil Joana de Gusmão.
Sinais e sintomas
A coqueluche é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar.
No primeiro estágio, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado:
- Mal-estar geral
- Corrimento nasal
- Tosse seca
- Febre baixa
Depois, a tosse seca piora e outros sinais podem aparecer:
- Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
- Tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração
- Crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo
Os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. Na suspeita da doença, procure um serviço de saúde mais próximo de sua residência.
Assessoria de Comunicação SES
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